Uma super gripe se apodera de mim. Madrugar com os olhos queimando, o nariz incomodando, a garganta rasgando, a cabeça doendo e o corpo todo moído. Chegar cedo na faculdade, num dia cinza, gelado, cheio de neblina. Entre uma música e outra, o fone silencia. Tudo o que é possível ouvir são alguns poucos passos abafados, o tilintar de puxadores de zíperes e chaveiros e moedas batendo em mochilas e bolsas a cada passada. Alguns cachorros avançam em alguns pombos.
Mas o dever chama. E cá estou, sentada, assistindo o “nada” da paisagem nublada e vazia, sem movimento, sem barulho, sem muita gente. Por enquanto.
Ontem chorei. À noite. Tomando chá antigripal, que começou a salgar com as lágrimas. Mas não por dor física. Devo ter o espírito muito sensível, a alma leve de certa forma. Uma coisinha aqui, outra ali, besteiras. Bobeiras. Nada que valha a pena ser comentado.
E lá no fundo, cavoucar até encontrar forças para superar tudo. E suportar, no meio-tempo.
Pela manhã, a gripe me consumia e o ar condicionado me torturava. Sorte que as amigas me distraíam e compreendiam com bom humor para melhorar o dia.
Na volta, em pé no trem, segurando naquela barra “mais alta do mundo”, dei um mal jeito nas costas numa brecadinha boba do trem. E agora não consigo respirar fundo, tossir ou sequer abaixar para pegar algo no chão.
Nsa. Sra. dos chuveiros elétricos: dai-me resistência!!!
P.S.: em breve voltarei com ideias novas que tenho em mente... por hora, já estou bastante atarefada no início do semestre :)
Caixinha de som: Daniel Powter - Bad day
Bjins,
Bui Spinelli