12 dezembro 2011

Recomendo: Circo de Cuba

“Respeitável público, é com muito orgulho e imenso carinho que trazemos até vocês o grandioso espetáculo do Circo de Cuba!!!”


Desta última vez que o Circo de Cuba “estacionou” em São Paulo, não perdi a chance de assistir ao espetáculo. E lá fui eu, com Mamãe e com a hermana, num sábado à noite. Não sei se é porque estava uma friaca absurda, mas não estava cheio nesse dia. Logo que chegamos, o Palhaço já começou a cantar para a gente “Chegou, chegou, ta na hora da alegria; Chegou, chegou, ta na hora da alegria; O circo tem palhaço, tem, tem todo dia; O circo tem palhaço, tem, tem todo dia”. Já gostei.
Eu estava um pouco ansiosa além da conta, pois só havia ido ao circo quando criança, e não lembrava como tinha sido, então queria absorver cada pedacinho de todo aquele universo.
Compramos nossos ingressos na bilheteria, e fomos atravessando o terreno até aquela passagem coberta por uma glamorosa cortina vermelha e dourada. Ao passar pela cortina e entrar, já senti a magia do circo. Ali já foi uma emoção.


A arquibancada não é mais como antigamente, em degraus, mas em cadeiras de plástico no mesmo plano, e o palco mais alto. Às vezes não dava para ver TUDO, então essa parte foi mais ou menos, mas foram poucas vezes.
A lona (pelo que pesquisei) era nova, e realmente era linda. A armação toda era grande. Ao olhar para os desenhos da lona no teto hiper alto, você se perde, esquece do que está a sua volta.
No horário determinado para o início do espetáculo, um aviso de pequeno atraso. Acho que isso é feito propositadamente para deixar os espectadores ainda mais ansiosos.
Depois de passados os minutinhos do atraso, “pontualmente” as luzes diminuem no público, e o palco é iluminado. Começa o show.
A princípio surge o “locutor” do circo (que também trabalha na bilheteria às vezes), anunciando a primeira atração: um simpático senhor que magnificamente equilibrava de um tudo. Objetos variados, taças, pratos em varas... E além do equilíbrio, ele era rápido também, montando um murinho com blocos brilhantes em sua mão, acrescentando bloco por bloco, no ar. Ele possuía uma assistente que lhe dava os objetos, e pegava de volta também, pois a desmontagem de cada artefato era tão importante quanto a montagem. Aliás, muito estranha a assistente dele... ela ficava dançando enquanto o senhorzinho se apresentava, e parecia que era nova ali, pois se atrapalhava toda, se atrasava... sorte dela que o senhorzinho era um mestre ali. Ah, e ela tentava ser simpática, sorrindo o tempo inteiro... mas devia estar com o rosto doendo, pois aquele sorriso duro não irradiava alegria não.


Enfim, não me lembro ao certo a ordem das apresentações, nem sei se me lembro de todas. Então, vou pelo que me marcou mais.
Lembro do Palhaço bancando o Indiana Jones, com roupa à caráter, chicote e tudo. Ele “lutava” com uma FERA que estava atrás das cortinas do palco, perdendo chicote, serrote e até as calças. O final me fez rir ALTO!!! Muito bom; não vou revelar para não estragar o espetáculo de quem encontrar o Circo de Cuba por aí.


Teve também a participação do público nas atrações. Numa das vezes, o Palhaço buscou um homem na platéia para ir ao palco e, de olhos vendados, ficar imóvel numa tábua, onde o Palhaço atiraria facas. Depois de ensaiar algumas vezes só na tábua, e atingir pontos vitais do boneco ali desenhado, nosso atirador de facas realiza seu número já com o homem preso ali. Rendeu muitas risadas, e os segredos ficam dentro do circo, quem quiser saber tem que assistir hehehe.

Numa outra participação, o Palhaço escolheu MINHA IRMÃ para acertar uma bolinha no boné dele, e ela ganharia um prêmio. Depois de micos e jogadas frustradas para fora do boné, o Palhaço se aproximou para ajudá-la... mas ficou TÃO perto que, realmente, não tinha como ela errar. Bolinha dentro do boné, Aêêêêê, acertou, muitos aplausos... Hora do prêmio. O prêmio era uma... bexiga!, que o Palhaço tentou dar para ela umas duas ou três vezes, sempre estourando quando ela ia pegar. Finalmente, conseguiu entregar. Algumas pessoas poderiam achar sem-graça; mas, sério, foi bem divertido... tem que se estar no climão ali do circo... Não gosta de circo? Então nem vá. Ali todos riram, aplaudiram e se divertiram.
Lembro do Mais Jovem Globista do Mundo, Nicholas, de apenas 10 anos, numa moto tão pequena quanto ele (parecia de brinquedo, mas não o era), realizando sua apresentação no Globo da Morte. Beeem legal, e o garotinho também é uma graça.


O Palhaço faz um número com o Nicholas, onde ambos são marinheiros fazendo graça e manobras bem engraçadas.
Uma das atrações mais legais, na minha opinião, foi a do irmão do Nicholas, Mateus Pinheiro, O Homem Pássaro, pois ele voava por sobre o público, apenas com fitas e sua própria força, girando no ar. Incrível.


Falando em pessoas “suspensas”, lembro também de duas meninas, a Dani e a Jéssica. O número da Dani era com uma fita, no ar também, onde ela se enrolava, subia, descia, ficava presa pela mão, ou pelo pescoço, ou somente pelo pé, jogando todo o corpo para baixo, e gritando, assustando alguns espectadores. Simpática, e com um ótimo número, à lá Cirque Du Soleil. E a Jéssica fazia suas manobras suspensa no ar, mas ao invés de faixas, ela usava uma argola, onde sentava, ficava pendurada só pelas panturrilhas, só pela mão, e por aí vai.


Depois de um intervalinho, as duas melhores atrações, para mim, foram a cama elástica, onde o Palhaço, o Nicholas e o Mateus eram verdadeiros acrobatas, pulando, dando mortais, e girando várias vezes no ar, numa rapidez sem tamanho; e a outra, a melhor da noite, foi o Globo da Morte, com o Mateus e um outro rapaz do rosto coberto por um lenço/bandana (rosto esse só revelado no final do show). Os dois, ao mesmo tempo, dentro do Globo da Morte, girando, virando de ponta-cabeça, passando um pelo outro, buzinando... E a galera indo à loucura. Que show!!!


Gostei muuuiiiiiiito, e é minha primeira lembrança de circo, já que de infância não lembro, né.
Tanto gostei, que voltei. Na semana seguinte convenci três primas a ir ao circo (Carol, Ete e Samara: valeu, amadinhas^^). Fomos. Não teve as mesmas atrações que da primeira vez, mas algumas delas, e depois do intervalo eram showzinhos especiais para crianças. Fomos no dia do Lazy Town, cujo desenho nem nunca assisti. Achei zoado, mas as crianças foram ao delírio. Da nossa “trupe”, só meu primo, Pedrinho, irmão da Carol, que gostou adorou a apresentação do Lazy Town. Pelo menos um de nós rsrs.
Depois, para compensar, o show do Globo da Morte com os dois rapazes. Desta segunda vez que eu fui, o circo estava mais cheio, e os gritos do público com o Globo da Morte eram imensos. Mutcho Loco.
Ao sair do circo, ainda teve meu priminho pedindo ao Nicholas para ir no banheiro, o que rendeu boas risadas entre minhas primas, eu, o Mateus e o próprio Nicholas. Xixi feito, fomos embora, e o pessoal do circo só apagou as luzes depois que o último espectador deixou o terreno... enquanto estávamos no estacionamento (na frente da grande tenda), eles nos esperaram, e nos fizeram companhia. Achei esta atitude muito bonita, e respeitável.

Ficou um texto muito extenso, mas é uma maneira de homenagear esta linda forma de Arte que é o Circo. E também para agradecer ao Circo de Cuba por registrar em mim lembranças tão especiais do circo, as minhas primeiras.
É, as minhas expectativas foram atendidas e, digo mais, foram superadas.
Viva o Circo!


Até a próxima,
Beijo beijo
Bui Spinelli

P.S.: Para ver as imagens em tamanho maior, basta clicar nelas.

Créditos das imagens: Bui Spinelli, e algumas Divulgação (Oráculo Google)
Crédito das montagens e edição de imagens: Mon coeur en flammes

Nenhum comentário:

Postar um comentário