26 setembro 2011

Opinião: Paintball


Depois de um milhão de anos que fui no paintball, resolvi postar uma breve resenha sobre a minha experiência.
Nunca havia ido, e fui na ocasião do aniversário de 23 anos da minha irmã, Bá, junto com mais cinco pessoas.
Chegando lá, dividimos os times. Ficamos em vantagem: meu time tinha quatro pessoas, contra o trio adversário hehehe.
Fomos brevemente orientados, de início, sobre as roupas (macacão), colete e máscaras protetores, e armas. Nos trocamos, vestindo um macacão com estampa militar, porém com cheiro de roupa velha, que foi guardada molhada, ou sei-lá-o-que... Enfim. Depois, máscaras escolhidas e vestidas, a primeira impressão, de muitas, quanto ao mundo "paintballístico": a arma é pesadinha, viu. Mais do que eu imaginava, ou esperava.
Já em campo, instruídos sobre disparos, posicionamento da arma, a importância da permanência constante com a máscara de proteção (pois um tiro, acidental ou não, no rosto causaria grandes estragos, podendo levar à cegueira), e sobre o jogo em si, tomamos nossas posições, cada time no centro de seu campo de defesa, atrás de uma barreira, e foi autorizado o início do jogo.
Cada integrante do meu time foi dissipando ao longo do campo, e me vi ali, escondida sob a barreira no meio do campo, sozinha. Precisava circular, me proteger, atacar.
Corri para a barreira onde estava minha irmã, que logo avançou, corajosamente, pelo campo inimigo.
Eu atirava um pouco, sem olhar muito por sobre a barreira, temendo levar um tiro, e logo abaixava de novo, enquanto a barreira era violentamente atingida por aquelas bolinhas duríssimas de tinta.
Agachada atrás da barreira, arma em punho, início do jogo, me peguei ofegante, ansiosa, com o coração acelerado. Sentia uma adrenalina muito louca, num misto de medo e euforia, como se estivesse numa trincheira, em plena guerra real. Pensei no que deveriam sentir os soldados. Logo concluí que eu não serviria para integrar as forças armadas, falta-me espírito dominador nesse sentido, falta coragem. Tal suposição foi, posteriormente, confirmada no fim do jogo.
O jogo foi avançando e, com ele, minha irmã também. Ela rendeu uma adversária, e com isso ganhamos a primeira rodada. Todos retomaram a posição inicial, em seus respectivos campos, e o jogo recomeçou.
Para mim, o desenrolar foi basicamente o mesmo: avançar um pouco, esconder-me, atirar no nada, sem acertar ninguém, e sem ser atingida.
A certa altura da disputa, um adversário foi atingido e eliminado de campo, perdendo uma de suas três vidas. Decorrido certo tempo, fizemos uma pausa, para que, quem quisesse, trocasse ou limpasse a máscara. Estava frio, chovendo (ficamos no campo coberto) e, todos ofegantes e respirando ali, não tinha jeito: a máscara embaçava.
Terminada a pausa, trocamos de campo e iniciou-se uma nova rodada. E agi do mesmo jeitinho: encontrei um cantinho atrás da roda dianteira de um carro velho, e ali fiquei ATÉ o fim do jogo. Por entre a roda e uns sacos, eu atirava sem acertar ninguém, e também não era atingida.
Novamente, minha irmã avançou e, literalmente, atacou.
Qualquer pessoa naquele campo tinha mais espírito competitivo do que eu rsrsrs. Tanto que, quando o juiz anunciou que só faltava um minuto para o final da partida, eu era a jogadora com mais bolinhas no gatilho haha. Aí a galera perdeu o medo... foi atirando sem medir a quem, e no final sobramos eu e minha irmã: aí era mata-a-mata, uma contra a outra. Era no estilo "é agora ou nunca", eu precisava agir, ir à luta. Quando fui, a vi invadindo meu campo freneticamente. Apontei a arma para ela e acabei por levar um tiro NO DEDÃO! É mole? Foi tudo tão rápido, que nem deu tempo de eu atirar nela, quando vi, já havia sido atingida. Ela foi mais ligeira que eu.
Fim do jogo. O juiz permitiu que se descarregasse as bolinhas restantes nele rsrs... pobre ingênuo, achou que tinham uma ou duas bolinhas, e eis que minha irmã descarregou minha arma no coitado sem dó, que gritava "chega, tá bom" se contorcendo. Ri muito. Depois a louca, que saiu ilesa do jogo, se afastou e pediu para eu atirar nela para ela descobrir se doía um tiro daqueles.
O calibre suuuuuper ajustado aliado à ótima pontaria desta "atiradora" que vos fala resultou em dois tiros "vesgos", pelamor, vergonhoso, e finalmente, no terceiro E ÚLTIMO, a acertei na barriga, sobre o colete protetor. Diagnóstico? Dói!
Conclusão: talvez se as bolinhas não fossem TÃO duras (poxa, ao sacudir a arma, dava para ouví-las se batendo lá dentro, cada uma com sua capinha hiper grossa), eu tivesse sido mais corajosa, invasiva no campo alheio, e participativa no jogo. Mas não foi o que se procedeu. Aquelas bolinhas botavam medo. E machucavam mesmo. Saí do jogo com o dedão vermelho.
Resumindo, já que era para ser uma "breve resenha", é uma experiência legal, divertida, que traz altas cargas de adrenalina, espírito competitivo, hematomas e risadas. O local onde fomos ficava perto da João Dias, e foi na medida para conhecermos e praticarmos, mas, numa próxima vez, iremos num local um pouco melhor, com campos maiores, e bolinhas mais macias e menos ameaçadoras hahaha.
Dica-mor: usar roupas velhas por baixo, e tênis confortáveis e velhos, peças que você não ligaria se manchassem com a tinta e a sujeira do chão (É, por que se ajoelha, se senta, se arrasta e se deita no chão; fiquei com braços e joelhos das roupas manchadinhos, dores nos cotovelos e joelhos, rosto suado, e euforia pós-jogo).
Paintball: vale a pena conferir. Não é a 8ª maravilha do mundo, mas diverte.

Até...
Beijo beijo,
Bui Spinelli


P.S.: Para ver a imagem em tamanho maior, basta clicar nela.


Crédito da imagem: Acervo pessoal.

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