04 outubro 2011

Devaneios: Crenças e Vida



Quando você se sente extremamente bem, feliz e plenamente satisfeito,  a que atribui tal sensação? De onde vem tamanha paz de espírito?
Confesso que sempre fui fascinada pelo Espiritismo, o chamado “Kardecista” (denominação errônea e comumente utilizada para designar o Espiritismo, que difere do Espiritualismo).
Ultimamente tenho me afinado mais com os estudos da Doutrina Espírita, embora tenha plena consciência de que os conhecimentos adquiridos ao longo de meus vinte anos ainda sejam escassos e, sem falsa humildade, ainda tenho muito que aprender e buscar na minha própria evolução espiritual.
Fui iniciada, religiosamente, no Catolicismo. Fui batizada, fiz Primeira Comunhão (Eucaristia) e, aos quinze anos, Crismei, o que significa uma confirmação na vivência religiosa da Igreja Católica Apostólica Romana. Mas sempre tive contato com o Espiritismo e com o Espiritualismo (através da Umbanda), por ter parentes bem próximos que são adeptos de tais religiões. Recebi ensinamentos, freqüentei Giras de Criança em Templo Umbandista, enquanto criança, e acabei, com os percalços da vida, me afastando.
Depois de crismada, passei a freqüentar a Igreja Católica esporadicamente, e cada vez menos. Ia somente quando sentia certa necessidade, quando sabia que ir até lá me faria sentir bem, e não por obrigação, pois de nada valeria.
Como reduzi significativamente minhas confissões, não comunguei mais (a Hóstia, Corpo e Sangue de Cristo, na Eucaristia). Passei a ir à missa pouco mais de duas vezes por ano, o que não se pode chamar de “católica praticante”.
Ainda freqüento, vez ou outra, em comemorações católicas, como a Missa de Ramos, em que chorei compulsivamente durante o “Pai Nosso” musicado na versão do Padre Marcelo. E chorar me deixou mais leve. Vou também a batizados, casamentos, e afins.
Dentre os padres que conheci, os que mais claramente me recordo tinham lá suas particularidades: um era palmeirense (com quem comunguei pela primeira vez), outro, indiano (cuja missa me emociona e traz paz), e Frei Xavier (em cuja escola estudei dois anos seguidos). Fora, claro, o Bispo Fernando, que me crismou.
Respeito enorme e amorosamente a Igreja Católica. Mas não posso dizer que concordo com todos os preceitos e práticas da religião. Já não me identifico tanto, se é que algum dia tenha me identificado “tanto”.
Quando me perguntavam qual era minha religião, costumava brincar “sou católica, mas com um pezinho no Espiritismo”, sem ironia, deboche, ou desrespeito.
Bom, recentemente tenho pensado mais no assunto, tenho me dedicado mais à minha própria formação religiosa, e ao meu relacionamento com todos no entorno.
Minha Tia Lena (que já mencionei aqui) é, antes mesmo de ser tia, AMIGA. É conselheira, é minha guia espiritual. Orienta-me e me instrui. E é médium, com grande sensibilidade. Conversas com ela me abrem os olhos, a mente e o coração para diversos assuntos. Com a filha dela, minha prima Lú, também.
Minha irmã começou a freqüentar, há pouco tempo, um Núcleo Espírita que está lhe fazendo muito bem. Lá ela conheceu novos amigos e reencontrou pessoas que já passaram pela vida dela, e pela minha também, mas que há tempos não se tinha mais contato.
E há os livros, os quais retomarei mais adiante, em outros posts.
Tudo começa no pensamento. A intenção metamorfosiada em palavra vem a ser um ato. Toda atitude, toda transformação, parte de nossas idéias.
Minha irmã é a prova viva disso: está pensando diferente, acreditando com outro tipo de fé, com outra visão... mas as mudanças propriamente ditas são graduais, e leeentas.
Só de pensar no assunto freqüentemente, já me vejo considerando idéias e fatos de maneira diferente, planejando mudanças em alguns de meus comportamentos, tentando ser mais paciente justamente naquelas situações que mais me “enlouquecem”.
Por enquanto, as mudanças estão na cabeça, na maneira de pensar, de ver e encarar o mundo. De ter fé.
Tenho orado como há tempos não fazia, com verdadeira fé. Palavras pronunciadas automaticamente de nada valem, nenhum efeito produz. Há que se acreditar.
Embora tenha meus momentos de fraqueza egoísta e de apego superficial, acredito que eu seja uma pessoa prestativa e generosa. E mesmo nesta minha atitude, quanto aos outros, tenho procurado depositar uma nova e melhor postura, ao menos no campo das idéias.
Cada romance espírita traz ensinamentos (muito além de religiosos) morais e de caráter, para uma melhor vivência coletiva e para aproximação com nosso Pai Criador.
Se estamos encarnados é por que ainda temos uma missão a realizar, um débito para saldar, uma historia para resgatar, um auxílio para prover. Temos de fazer valer a pena, buscar aprender com as oportunidades da vida, inclusive e principalmente com as difíceis, para evitar que estas se repitam. O ser humano é muito ingrato, reclama demais, revolta-se, sem enxergar além. Deus nos dá os problemas que podemos carregar e que necessitamos provar para evoluir.
Todos os dias é uma nova chance para se começar, para se aprender, para tentar mudar, melhorar, para agradecer, para se arrepender.
Ele quer ver-nos felizes, participando do grande banquete da vida através de Seu amor, aceitando-O. Quais as suas corriqueiras atitudes? Elas demonstram gratidão ao Pai? Demonstram uma vivencia segundo Seus preceitos, disseminando o bem e a comunhão? Você tem tentado mudá-las? Já agradeceu por hoje? Então aproveite o momento! Não perca tempo. A vida terrena é curta demais para uma plena preparação para a vida eterna junto a Cristo e a todos os nossos irmãos em Deus, então usufrua o seu tempo, aqui, da maneira mais eficaz possível.
Um amigo da minha Mãe tem uma bela postura, que admiro e acho incrível, que é a de ter um dia certo na semana para agradecer. No meio da semana, no meio da rotina, ele se dedica a fazer uma pausa para agradecer a Deus. “Hoje é dia de agradecer” diz ele, em plena quinta-feira.
Conversando com minha amiga Sarah, a qual tem a delicadeza e generosidade de compartilhar comigo o que ela já aprendeu na religião dela, através de textos bíblicos e suas respectivas idéias e conclusões, refletíamos sobre o texto que ela me mandou recentemente: “O filho pródigo”. Sem querer me prolongar muito, mencionei esta situação, pois uma de nossas conclusões e concordâncias a respeito foi a de que Deus é amoroso e justo. Ele nos ama, acima de tudo, não pelo que somos, mas pelo que Ele é, dedicada e grandiosamente.
Procuremos agradá-lo e retribuí-lo, seguindo seus ensinamentos, afinando-nos com a existência divina, o que traz benefícios a nós mesmos.
Há um Plano Maior. Serviço, dedicação, humildade, compaixão e, principalmente, AMOR, nos aproximam do plano de Deus. Ele não precisa de nós e, ainda assim, nos quer bem! Nós, sim, precisamos d’Ele.
Deus nos ama! Isso basta!
Concorda?



 
Até a próxima,
Beijo beijo
Bru Spinelli

P.S.¹: Para ver as imagens em tamanho maior, basta clicar nelas.
P.S.²: Ouçam "Penguin Cafe Orchestra - Perpetuum Mobile" =D

Créditos das imagens: Todas Divulgação (Oráculo Google)
Crédito das montagens: Mon coeur en flammes

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