19 abril 2011

Devaneios ispirados - "À espera do trem"


Ontem dei uma passada por um dos blogs que mais gosto atualmente, que é da minha grande amiga da faculdade e da vida, Sarah. E eis que me surpreendo com um post incrível sobre o embarque. Sugiro que leiam-no antes de continuar. Gostei muito mesmo, até comentei.
Bom, depois disso fiquei pensando, refletindo, divagando...
E o resultado é este post que vos "fala".
Sou uma pessoa ansiosa ao extremo. Mesmo. Sem exagero!
E estava cá com meus botões imaginando a situação do trem e fazendo uma analogia desta com "amor".
Entre aspas mesmo.

Amor é uma palavra muito ampla. Faço aqui um recorte, me referindo ao amor entre homem e mulher.
 - Pausa.
Este é um daqueles textos que me fazem sentir um pouco "nua", pois reflete pensamentos e sentimentos meus. Este é um daqueles textos que escrevo com mais do que muita sinceridade. Transparece minha alma.
 - Continuando.
Pois muito que bem. Como disse anteriormente, não falo aqui de amor de pai, amor de mãe, amor de irmão, amor de primo, tio, sobrinho, filho... Não falo aqui do Amor de Deus (esse é assunto para mais adiante).
Mas, amor de casal.
Além de anciosa, existem alguns (poucos) dias em que bate uma certa carência. Não sou uma pessoa triste, nem tampouco sozinha.
Mas sou muito sonhadora, e romântica.
Sinceramente.
Aí, vez ou outra vêm aqueles pensamentos sobre o futuro: quero minha casa assim e assado; casar, com tudo que tenho direito... E a pergunta que não quer calar é: "Quando tudo isso vai acontecer?"
Ora, a "pessoa certa" existe? Se sim, quando ela vai surgir?
Por isso a analogia com o trem.
Imagine a seguinte situação: você chega na estação de trem e, como de costume, segue para a plataforma que abrigará o trem que está no seu caminho. Mas nada do trem aparecer. Você vai ficando ancioso, tenso, nervoso. Reveza seu peso entre as pernas, pois está em pé. Observa as pessoas ao seu redor. Fica inquieto. Olha toda hora para a direção de onde o trem deve vir, na esperança de avistar seus faróis. Nada. Olha para o relógio. Está demorando. Olha para o lado contrário, sem motivo, apenas para dissipar a inquietação. Não adianta. Torna a olhar para a direção de onde o trem deve vir. Nada. Reveza o peso entre as pernas.
...
E fica nesse ciclo.
Para quê?
Você sabe que NA HORA CERTA o trem simplesmente chegará. Ponto.
Mas saber não é o bastante. É como se acreditasse que o trem virá a partir do momento que você ver ele vindo.
Você cansa de esperar. Então anda pela estação, segue para outra plataforma. Ali, outro trem chega logo, e você embarca. Ele te levará ao seu destino? Ele segue para o caminho que você faria? Não.
Aqui faço uma comparação com aquela idéia difundida sobre "se divertir com os errados enquanto o certo não aparece".
Será que devemos circular por outras plataformas, andar em outros trens, sendo que não estão no nosso caminho? Sendo que, no final das contas, você voltará ao mesmo ponto, ao mesmo lugar do início, à mesma plataforma, pois é que o seu trem vai aparecer? Aquele que está no seu caminho.

Vale a pena "se divertir com os errados enquanto o certo não aparece"? Uns dirão que sim, outros não.
Não estou aqui para julgar! Papai do Céu nos deu o Livre-Arbítrio para cada um fazer as escolhas da própria vida.
Apenas acredito que Ele tem um Plano Maior para cada um de nós. As opções estão aí. Cabe a você escolher.
Apenas acredito que nesse Plano Maior, cada ser compartilhará a vida com outra, uma "espécie de Alma Gêmea", mas não o "encaixe perfeito da tampa na panela" necessariamente, ou "a metade precisa da laranja" necessariamente. Não. Mesmo por que, lidar com pessoas é tarefa difícil. Compartilhar a vida com alguém é tarefa diária. Não é perfeito.
E ninguém aparecerá na sua vida assim, prontinho, sem precisar de adaptações, já sabendo exatamente o que fazer e o que não fazer, do que você gosta e do que não gosta... e blábláblá... Há que se conhecer o outro. E sobretudo, a si.
"Na vida, tudo tem o seu momento para acontecer. Se ainda não aconteceu, tenha paciência. Na hora certa vai acontecer."
Esta é a lição mais difícil que já tentei pôr em prática em minha vida. Comecei o post dizendo que sou ansiosa. Como uma pessoa ansiosa espera os acontecimentos da vida com paciência? Rsrsrs
Um tanto quanto contraditório.
Mais uma comparação com trem.
Imagine outra situação: está lá, você, na sua plataforma, aguardando o trem. Eis que este surge meeeeeega lotado!!! Não cabe ninguém. Mal dá para respirar. Você insiste em ir neste mesmo, fica todo prensado, com dores, se machuca, passa mal com o aglomerado de gente... Mas se você esperar o próximo, este chega até com alguns poucos bancos vagos. Isso não seria uma espécie de "sinal" para você aguardar apenas mais um trem? Poucos minutos.
É aquela velha história: "as coisas têm sua hora para acontecer".
Se você tenta adiantá-las ou apressá-las, será sofrido: ficará prensado no vagão, passando mal.
Se você tenta adiá-las, demorar demais também, e deixar todas as oportunidades passarem, com aquele pensamento "ah não, agora não... deixa pra mais adiante, quando eu for mais velho...", também será sofrido: o trem terá passado, e você vai continuar esperando na plataforma, mas aí já era.

Equilíbrio é a chave do dilema!
Se existe um momento certo, saiba decifrá-lo. E nada de querer mexer com o tempo, para não acabar se frustrando.
Como bem disse a Sarah, da próxima vez que estiver na plataforma, tenha a paciência de esperar o seu trem, pois ele virá!


A tensão, o nervoso, a ansiedade, a carência de às vezes... Com a dose certa de paciência, tudo isso vai passar.


Ou não.


Rsrsrsrss...


Até a próxima,
Beijo beijo,
Bui Spinelli

P.S.: Para ver as imagens em tamanho maior, basta clicar nelas.

Créditos das fotos: Todas Divulgação (Oráculo Google)
Créditos das montagens: Mon coeur en flammes


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