09 julho 2012

“Sentimentaaaaaaaaaal eu sou”


Nossa, aconteceram tantas coisas rapidamente, que eu nem sei a que conclusão chegar, pois as conclusões que eu havia estabelecido podem ter caído por terra.
Sabe, é aquele veeeeeelho problema de formar opiniões precocemente. Você não sabe muito sobre uma coisa, mas com o pouco que você sabe, você já IMAGINA como deva ser o resto que você desconhece. E assim foi. É também o veeeeeelho problema de criar expectativas, quanto a outras coisas, situações ou pessoas, e se decepcionar. E também expectativas quanto a opinião que os outros “tem / devam ter” de nós mesmos. É. Porque sou de um jeito e achava que todos me imaginavam daquele jeito, mas descobri que não.
(As pessoas fazem como eu costumava fazer: com o pouco que conhecem de mim, já imaginam – erradamente – como sou por completo!)
Triste isso.

Resumidamente, digamos que as pessoas acreditam que eu sou mais forte do que eu verdadeiramente sou. E eu não sou, não agüento qualquer baque.
E eu sou romântica, carinhosa, sentimental... muito mais do que possa parecer... mas poucas pessoas vêem isso, pois não demonstro muito esse meu lado. Talvez para, justamente, não parecer fraca. E aí sou vista por óticas turvas. Acho que eu escondo um pouco esse meu lado por trás do humor. E aí as pessoas me vêem somente como uma pessoa forte e bem humorada, sem frescurites de menininha. E me dói saber que é assim. Me dói saber que, hoje em dia mais do que nunca, tudo se resume à satisfação de desejos momentâneos.
As pessoas perderam um pouco de sensibilidade, dando vazão ao imediatismo.
E não é assim. Ao menos para mim.
Não espero conhecer um moço hoje e já conversarmos coisas pessoais. Não espero gracinhas nem fofurices de um estranho. Nem quero.
Tudo ao seu tempo. E tudo no seu lugar.

(Aliás, aqui também entra o tópico “puxar assunto”... é, às vezes eu deixo de procurar pessoas não por desinteresse, mas por levar em consideração a possibilidade de acharem que estou agindo indevidamente, mesmo porque não pretendo incomodar nem sufocar ninguém)
Mas, hoje está tudo tão bagunçado, que se você tiver simpatia por alguém, você não está sendo educado, mas já está paquerando. Ah, que isso? É tudo tão passageiro, tão efêmero mesmo?
E aí, se você nutre um sonho de estar com alguém não só por hoje, mas também amanhã, e depois, você é quase um louco. É, porque é difícil haver comprometimento nas relações, do tipo de ajudar o outro, respeitar as escolhas, AS AMIZADES, e o espaço do outro e, principalmente, de conseguir ficar feliz PELO outro. Sem um amor EGOÍSTA, como vemos por aí.
Parece que não, mas é mais comum do que se imagina. Quantos casais você conhece que são realmente parceiros? Quantos amigos você tem que namoram pessoas ciumentas? Pois bem, quantos desses namorados(as) dos seus amigos participam da “amizade” da turma? Ao meu ver, isso é desrespeito com o parceiro(a). Todo mundo precisa de espaço, mesmo até para sentir saudade. É uma linha muito tênue entre estar “presente” ou “ausente” na vida de alguém, pois grude direto também enjoa. Sim, e quantos desses seus amigos levam a sério, se importam ou tentam esclarecer esses ciúmes exagerados e desnecessários de seus respectivos parceiros(as)? Onde está o comprometimento com o outro?
Enfim, meu desabafo veio pelo comprometimento de maneira geral. Quantos amigos e parentes você tem? E com quais deles você pode verdadeiramente contar, para TUDO que vier?
Alimentamos muitas relações de fachada.
Ah, e para quem é adepto de redes sociais... quantos contatos você tem? Com quais você tem CONTATO de fato?
É para se pensar...
Ridículo.
E, no meio de taaaaantos contatos, somente os que me conhecem desde que eu era beeem pequena é que conseguem chegar o mais próximo da realidade no que diz respeito a ter uma opinião formada sobre mim, pois quando criança eu era mesmo mais “nhé nhé nhé”. Criança, né. Hoje disfarço o meu “nhé nhé nhé”, nem tanto por opção, já virou automático. Fazer o que, sou assim.
O que eu quero? Encontrar um moço que tenha a sensibilidade de me enxergar como eu realmente sou, que entenda os meus disfarces, o meu humor, e que mereça o meu romantismo.

Não estou louca nem desesperada. Só chateada.
E como amar está um pouquiiinho difícil, o lema é “vamos rir”.
E posso dizer que piadinhas de duplo sentido não são um problema, mas taradices e pornografia são. Mantenha a distância!
Gosto que me façam rir, mas besteiras não são necessárias para isso! E tenho dito.
Forever alone? Hahaha, que seja! Vamos rir!
Mesmo porque, tenho paciência. “Deus não demora, Ele capricha!” E a espera valerá a pena!
A arte de rir sozinha / quando não pode / mais do que deveria...
A arte de não entregar o coração tão facilmente...
A arte de AINDA se importar com o fato de que as pessoas nem sempre se importam e nem sempre pareiam com nossas próprias expectativas...
A arte de achar que as coisas podem (e devem) ser diferentes...
Sou mestra nessas artes!!!
A arte de não ter aquela velha opinião formada sobre tudo.
Dependendo do que for esse “tudo”, não sei se sou tão mestra assim nessa última. É melhor se surpreender do que se decepcionar, dizem... fato!, mas como não criar expectativas? Como não esperar que tal coisa poderia ser “assim e assado”?
E mais!, ainda tem aquele lance de, ALÉM de ter expectativas sobre as coisas, situações e pessoas, AINDA espera que as outras pessoas adivinhem!
É, estamos aí, sempre errando...
Mas, sentimental eu sou, eu sou demais...!
E por isso sempre fui tachada de “santinha”. Tenso, né.
Ontem eu queria que algumas coisas mudassem. Ou melhor, eu queria que algumas coisas acontecessem!
Ontem eu queria mais presença. Ontem eu queria menos preguiça. Ontem eu queria mais seriedade. Ontem eu queria mais respeito. Ontem eu queria mais amizade. Ontem eu queria menos liberdade. Ontem eu queria mais família. Ontem eu queria menos individualidade. Ontem eu queria menos compromissos. Ontem eu queria mais trabalho. Ontem eu queria mais responsabilidade. Ontem eu queria MAIS RECIPROCIDADE. Ontem eu queria mais atenção. Ontem eu queria rir mais. Ontem eu queria menos humor negro. Ontem eu queria mais paciência. Ontem eu queria menos ansiedade. Ontem eu queria mais paz. Ontem eu queria mais sabedoria. Ontem eu queria mais comprometimento, de fato. Ontem eu queria menos vaidade. Ontem eu queria menos expectativa. Mais esperança.

Hoje?
Hoje eu quero MUITO não querer nada! De coração, corpo e alma! Não querer, não esperar, não! Hoje eu quero ficar quieta. Não quero nada, receber nada, fazer nada, cogitar nada.
Ontem tive vontade de chorar. Fiquei chatiosa. Por que? Boooooooa pergunta! Hoje, não quero chorar. Não quero fortes emoções, não quero piadas, não quero declarações, não quero sentir.
Só quero não querer nada, ao menos por hoje.

Sempre fui sentimental e nunca levei adiante relações em que não estivesse emocionalmente envolvida, e por mais que eu pareça ser durona, é apenas fachada. Só eu sei o quanto já sonhei em ser uma princesa resgatada da torre de um castelo”. Martha Medeiros.

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