Nossa, aconteceram tantas
coisas rapidamente, que eu nem sei a que conclusão chegar, pois as conclusões
que eu havia estabelecido podem ter caído por terra.
Sabe, é aquele veeeeeelho
problema de formar opiniões precocemente. Você não sabe muito sobre uma coisa, mas com o pouco que você sabe, você já IMAGINA como deva ser o resto que você
desconhece. E assim foi. É também o veeeeeelho problema de criar expectativas,
quanto a outras coisas, situações ou pessoas, e se decepcionar. E também
expectativas quanto a opinião que os outros “tem / devam ter” de nós mesmos. É.
Porque sou de um jeito e achava que todos me imaginavam daquele jeito, mas
descobri que não.
(As pessoas fazem como eu
costumava fazer: com o pouco que conhecem de mim, já imaginam – erradamente –
como sou por completo!)
Resumidamente, digamos que
as pessoas acreditam que eu sou mais forte do que eu verdadeiramente sou. E eu
não sou, não agüento qualquer baque.
E eu sou romântica,
carinhosa, sentimental... muito mais do que possa parecer... mas poucas pessoas
vêem isso, pois não demonstro muito esse meu lado. Talvez para, justamente, não
parecer fraca. E aí sou vista por óticas turvas. Acho que eu escondo um pouco
esse meu lado por trás do humor. E aí as pessoas me vêem somente como uma
pessoa forte e bem humorada, sem frescurites de menininha. E me dói saber que é
assim. Me dói saber que, hoje em dia mais do que nunca, tudo se resume à
satisfação de desejos momentâneos.
As pessoas perderam um pouco
de sensibilidade, dando vazão ao imediatismo.
E não é assim. Ao menos para
mim.
Não espero conhecer um moço
hoje e já conversarmos coisas pessoais. Não espero gracinhas nem fofurices de
um estranho. Nem quero.
(Aliás, aqui também entra o tópico “puxar assunto”... é,
às vezes eu deixo de procurar pessoas não por desinteresse, mas por levar em
consideração a possibilidade de acharem que estou agindo indevidamente, mesmo
porque não pretendo incomodar nem sufocar ninguém)
Mas, hoje está tudo tão bagunçado, que se você tiver simpatia por alguém, você não está sendo educado, mas já está paquerando. Ah, que isso? É tudo tão passageiro, tão efêmero mesmo?
Mas, hoje está tudo tão bagunçado, que se você tiver simpatia por alguém, você não está sendo educado, mas já está paquerando. Ah, que isso? É tudo tão passageiro, tão efêmero mesmo?
E aí, se você nutre um sonho
de estar com alguém não só por hoje, mas também amanhã, e depois, você é quase
um louco. É, porque é difícil haver comprometimento nas relações, do tipo de
ajudar o outro, respeitar as escolhas, AS AMIZADES, e o espaço do outro e,
principalmente, de conseguir ficar feliz PELO outro. Sem um amor EGOÍSTA, como
vemos por aí.
Parece que não, mas é mais
comum do que se imagina. Quantos casais você conhece que são realmente
parceiros? Quantos amigos você tem que namoram pessoas ciumentas? Pois bem,
quantos desses namorados(as) dos seus amigos participam da “amizade” da turma?
Ao meu ver, isso é desrespeito com o parceiro(a). Todo mundo precisa de espaço,
mesmo até para sentir saudade. É uma linha muito tênue entre estar “presente”
ou “ausente” na vida de alguém, pois grude direto também enjoa. Sim, e quantos
desses seus amigos levam a sério, se importam ou tentam esclarecer esses ciúmes
exagerados e desnecessários de seus respectivos parceiros(as)? Onde está o
comprometimento com o outro?
Enfim, meu desabafo veio
pelo comprometimento de maneira geral. Quantos amigos e parentes você tem? E
com quais deles você pode verdadeiramente contar, para TUDO que vier?
Alimentamos muitas relações
de fachada.
Ah, e para quem é adepto de
redes sociais... quantos contatos você tem? Com quais você tem CONTATO de fato?
É para se pensar...
Ridículo.
E, no meio de taaaaantos
contatos, somente os que me conhecem desde que eu era beeem pequena é que
conseguem chegar o mais próximo da realidade no que diz respeito a ter uma
opinião formada sobre mim, pois quando criança eu era mesmo mais “nhé nhé nhé”.
Criança, né. Hoje disfarço o meu “nhé nhé nhé”, nem tanto por opção, já virou automático.
Fazer o que, sou assim.
O que eu quero? Encontrar um
moço que tenha a sensibilidade de me enxergar como eu realmente sou, que
entenda os meus disfarces, o meu humor, e que mereça o meu romantismo.
Não estou louca nem
desesperada. Só chateada.
E como amar está um
pouquiiinho difícil, o lema é “vamos rir”.
E posso dizer que piadinhas
de duplo sentido não são um problema, mas taradices e pornografia são. Mantenha
a distância!
Gosto que me façam rir, mas
besteiras não são necessárias para isso! E tenho dito.
Forever alone? Hahaha, que
seja! Vamos rir!
Mesmo porque, tenho
paciência. “Deus não demora, Ele capricha!” E a espera valerá a pena!
A arte de rir sozinha /
quando não pode / mais do que deveria...
A arte de não entregar o
coração tão facilmente...
A arte de AINDA se importar
com o fato de que as pessoas nem sempre se importam e nem sempre pareiam com
nossas próprias expectativas...
A arte de achar que as
coisas podem (e devem) ser diferentes...
Sou mestra nessas artes!!!
A arte de não ter aquela
velha opinião formada sobre tudo.
Dependendo do que for esse
“tudo”, não sei se sou tão mestra assim nessa última. É melhor se surpreender
do que se decepcionar, dizem... fato!, mas como não criar expectativas? Como
não esperar que tal coisa poderia ser “assim e assado”?
E mais!, ainda tem aquele
lance de, ALÉM de ter expectativas sobre as coisas, situações e pessoas, AINDA
espera que as outras pessoas adivinhem!
É, estamos aí, sempre
errando...
Mas, sentimental eu sou, eu
sou demais...!
E por isso sempre fui tachada de “santinha”.
Tenso, né.
Ontem eu queria que algumas coisas mudassem. Ou melhor, eu
queria que algumas coisas
acontecessem!
Ontem eu queria mais
presença. Ontem eu queria menos preguiça. Ontem eu queria mais seriedade. Ontem
eu queria mais respeito. Ontem eu queria mais amizade. Ontem eu queria menos
liberdade. Ontem eu queria mais família. Ontem eu queria menos individualidade.
Ontem eu queria menos compromissos. Ontem eu queria mais trabalho. Ontem eu
queria mais responsabilidade. Ontem eu queria MAIS RECIPROCIDADE. Ontem eu
queria mais atenção. Ontem eu queria rir mais. Ontem eu queria menos humor
negro. Ontem eu queria mais paciência. Ontem eu queria menos ansiedade. Ontem
eu queria mais paz. Ontem eu queria mais sabedoria. Ontem eu queria mais
comprometimento, de fato. Ontem eu queria menos vaidade. Ontem eu queria menos
expectativa. Mais esperança.
Hoje?
Hoje eu quero MUITO não
querer nada! De coração, corpo e alma! Não querer, não esperar, não! Hoje eu
quero ficar quieta. Não quero nada, receber nada, fazer nada, cogitar nada.
Ontem tive vontade de
chorar. Fiquei chatiosa. Por que? Boooooooa pergunta! Hoje, não quero chorar.
Não quero fortes emoções, não quero piadas, não quero declarações, não quero
sentir.
Só quero não querer nada, ao
menos por hoje.
“Sempre fui sentimental e nunca levei adiante relações em que não estivesse emocionalmente envolvida, e por mais que eu pareça ser durona, é apenas fachada. Só eu sei o quanto já sonhei em ser uma princesa resgatada da torre de um castelo”. Martha Medeiros.